A MAMÃE ESQUECIDA

Adaptação de Tiago Ferro Pavan
Autoria desconhecida.
(Entram inicialmente os avós, que entram discutindo e resmungando e se aconchegam em um sofá, a vó fazendo tricô e o avô lendo jornal. A mãe entra logo em seguida, conforme a narração do locutor, a mãe então fica no palco, os personagens entram e saem do palco, no final todos voltam).

LOCUTOR: Apresentamos uma família qualquer, com mãe, pai (que neste momento esta no trabalho), filhos (muitos filhos), tia (que não aparece nesta história) avó e avô. Todos morando em uma casa simples. A família com seus mais diversos membros deve ser uma semente plantada com atenção, confiança, oração, paz, gratuidade, doação, perdão, união, carinho e regada todos os dias com muito amor.
Até que um dia, num belo, nada mais nada menos que o DIA DAS MÃES, Dona Ana, a mãe, tem um surpresa... Boa ou ruim? Vejamos no decorrer da história.


MÃE
- Quanto mais a gente limpa mais sujeira aparece! Quem é dona de casa entende perfeitamente o que eu digo. Bem, se for uma dona de casa prendada como eu! E olha que eu deixo essa casa brilhando, sem precisar jogar sujeira pra debaixo do tapete. (olha tímida a igreja, como se estivesse sendo filmada) É que sou limpinha! Eu me chamo Ana, mas pra todo mundo da redondeza é Donana. (mexendo nas unhas) Espia só! Não posso esquecer de falar dos meus filhos. São tão dedicados! Eles me ajudam arrumar a casa no dia das mães. (chateada) Uma vez no ano, mas ajudam, tá? (crítica) Tem filho que nem isso faz! (continua limpando e cantando). E oba! Hoje é o dia das mães! Vou ganhar oito presentes, Pois tenho oito filhos. Ai vem o primeiro.

JOGADOR DE FUTEBOL
– Oi mãe?

MÃE
– Oi filho. O que é que você vai me dar hoje?

JOGADOR DE FUTEBOL
– Te dar? Ah é! Toma ai! (Entrega a camisa suja pra ela lavar) O jogo foi no barro, foi mau... Tchau.
– No meu tempo isso não era assim...

– É verdade meu velho!

MÃE
– Ele esqueceu do dia das mães. Será possível? Ai vem mais um. Oi filha?

PATRICINHA
– Oi mãe.

MÃE
– Tem alguma coisa pra me dizer filha?

PATRICINHA
– Tenho, me dá 50 reais?

MÃE
– Eu não tenho.

PATRICINHA
– Tem sim.

MÃE
– Não tenho.

PATRICINHA
– Tem sim. Me dá se não eu choro.

MÃE
– Não.

PATRICINHA
– (chora)

MÃE
– Ta bom.

PATRICINHA
– Brigado. Tchau.

– No meu tempo isso não era assim...

– É verdade meu velho!

MÃE
– Mais uma que esqueceu do dia das mães.

LAURA
– Mamãe o Lara me bateu.

LARA
– Mentira mamãe. Foi a Laura quem me Bateu.

LAURA
– Ela me chamou de burra.

LARA
– E ela me chamou de asno.

LAURA
– Mentira dela.

LARA
– Por falar nisso o que é asno?

LAURA
– Asno é você!

LARA
– Não sou não, sua taturana depenada que chupa o dedão do pé!

LAURA
– Vou te mostrar quem é taturana!

LARA
– Então vem!

MÃE
– Já chega! As duas estão de castigo. Já pro quarto!
(toca UM SONZÃO DE ROCK)

– No meu tempo isso não era assim...

– É verdade meu velho!

ROQUEIRO
– E aí coroa?

MÃE
– Olha o respeito!

ROQUEIRO
– Fica fria mãe. O quê que você fez de almoço hoje?

MÃE
– Hoje eu fiz uma comida muito gostosa. Por que hoje é um dia muito especial não é?

ROQUEIRO
– Sei lá, coroa. Vô ali curtir um som e já volto. Falou.

– No meu tempo isso não era assim...

– É verdade meu velho!

MÃE
– Ninguém se lembrou do meu dia...

SKATISTA
– (Chega de skate, aperta a mão da mãe com um aperto de mão esquisito). Daee véia... Vou ali fora dropa umas de skate com os mulekes.

MÃE
– Mas, mas... Hoje é um dia especial, você não lembra?

SKATISTA
– Especial mesmo, hoje vou descer altas ladeira! Uhull...

MÃE
– Não era bem isso, mas tudo bem. Não esquece o capacete, joelheira, cotoveleira, ombreira, caneleira, barrigueira, pescoceira, pezeira...

SKATISTA
- Na moral mãe, as manobras são tudo style! Fica fria! Fui!

– No meu tempo isso não era assim...

– É verdade meu velho!
GÊMEAS – Oi mamãe?

MÃE
– Oi minhas filhinhas.

GÊMEAS
– Agente queria te dizer uma coisa. Nós não esquecemos.

MÃE
– Até que enfim que alguém se lembrou.

GÊMEAS
– Você nos deve... 20 Reais. Dez pra mim e dez pra ela.

MÃE
– Ta aqui!

GÊMEAS
– Tchau!

– No meu tempo isso não era assim...

– É verdade meu velho!

NERD
– Mãe, estou indo na casa da Ritinha estudar.

MÃE
– Mas, mas... logo hoje?

NERD
– Preciso estudar né mãe.

MÃE
– Certo, tudo bem... mas não esquece o agasalho...

NERD
– Mas mãe esta fazendo um calor de 40º graus mais ou menos lá fora.

MÃE
- ...E não esquece do guarda-chuva também...

NERD
– Mas a casa da Ritinha é aqui do outro lado da rua mãe.

MÃE
– Sem mas... Essa juventude!

– No meu tempo isso não era assim...

– É verdade meu velho!

MÃE
– Aí, aí... Ninguém lembrou que hoje é o dia das mães. Nove filhos e todos se esqueceram.
(Neste momento os filhos voltam um de cada vez e cada um deles traz uma flor e entrega para a mãe).

PATRICINHA
– Mamãe nós só estávamos brincando. Você nunca será esquecida por nós.

GÊMEAS
– Mamãe nós nunca vamos deixar de amar você. Obrigada pelo seu amor mamãe, um beijo duplo.

LARA
– Mamãe, sou grata a você por ter me dado o presente mais valioso, a vida.

LAURA
– Mamãe, você é muito especial para mim. Te amo!

JOGADOR DE FUTEBOL
– Mamãe, que Deus te dê muita saúde. Obrigado pelo seu amor.

NERD
– Mamãe, o nosso amor por você não tem fim.

ROQUEIRO
– O seu carinho será lembrado para sempre em nossos corações.

SKATISTA
– Mamãe você é irada! Nós te amamos!

– Agora sim, igualzinho no meu tempo!

– É verdade meu velho!

LOCUTOR
: Dessa forma bem descontraída que o grupo de jovens resolveu homenagear todas as mães de nossa igreja e aquelas que nos visitam. Que o senhor realize o desejo do coração de cada mamãe aqui presente. E aqui vai um recado para você que é filho: comemore todos os dias o dia das mães. Aproveite enquanto ela está perto. Quem não tem mais a sua mãezinha sabe do que estou falando. Ame com gestos, atitudes e palavras. Não que ela peça isso. Não! Mas porque ela merece! Se a sua mãe não está com você aqui na igreja, diga na primeira oportunidade “mãe, eu te amo”. Mas se ela estiver aqui, faça isso agora. Mãe, eu te amo!
TODOS – Viva o dia das Mães!
(Inicia uma música e cada um leva a flor que inicialmente foi dada para a mãe fictícia para sua mãe verdadeira que esta na platéia).


- FIM -

.:: VÍDEO ::.
Abaixo segue filmagem da encenação realizada pelo grupo de pós-crisma da comunidade Mina do Toco – Criciúma / SC

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